O mundo está recheado de especulações...
 
 
Há uma intensa proliferação de heresias
Que governam o santuário das personalidades
 
E mostram à vida que pecado é ser indiferente
Às modernidades veiculadas em espaços sociais
E nos recintos fechados, destinados à convivência
 
Sagrada das famílias, templo inviolável de relações...
Não há mais a inocência, essa perdeu seus parâmetros
E, diante da escalada da violência, travestiu-a a realidade,
Realidade apócrifa que denigre os valores do que é moral.
 
As sociedades estão adulteradas, os princípios pereceram
Mediante à aquisição indevida de uma filosofia amoral
Em cujos fundamentos se envolveram as consciências
Que hoje são inconsciências bastardas de regime feudal...
O raciocínio deteriorou-se e se deixou gangrenar pelas
 
Inverdades que invadiram o éter das composições unilaterais
E uma bipolaridade determina e expõe que se viva à mercê
Das intempéries de sonhos travessos e por demais devassos
Que obliteram o pensamento saudável e perene do que é bom...
Reflexos da grande metamorfose é o tempero que aflora nas
 
Comunidades onde o simplíssimo dever foi execrado e morto...
A augusta verdade passou a ser espinhos que ferem a dignidade
E é o câmbio que atrofia e a vitamina que emagrece o consórcio
Dos corações que ainda esperam viver o ascendente do bem...
 
A luz pisca... O verbo, mesmo agonizante, acende imensa vela
E ora para que as lavagens cerebrais despertem do sono pérfido,
Traumatizante e hediondo que segrega a pureza e dilata o ópio,
 
Assim não feneceu a derradeira hipótese de uma esperança
E os povos ainda podem dar-se as mãos e expatriar a peçonha
 
Que corrompe, porém também faz o acordar da grande fantasia!
 
 
 
DE  Ivan de Oliveira Melo
 
 
 

 
 

Ivan de Oliveira Melo
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