Já sentiste alguma vez a sensação de uma presença aterradora
A qual poderia, se quisesse, esmagar-te como um inseto?
Um ser contra o qual fosses indefeso e ele, tão indiscreto,
Não só espancaria-te, mas destruiria-te com a palavra vingadora...
Deixaria bem claro que contra ti, tudo seria possível.
Um monstro. Bem seria capaz de aniquilar-te, também, sexualmente!
E vejam só, quão absurdo, enojante e, em suma, incoerente:
Este ser horrível, em muitos lares é amado, é incrível...
O que dizer desta figura, que em certas casas é herói
E em outras, um ímpio e colérico tirano?
Pai: gigante sempre, mas cheio de virtude ou do vício que rói?...
Como conceber que a figura paterna possa assim, abusar dos filhos?
Como pensar assim, sendo que os pais, são seres cheios de brilhos?
Devo entender que este opressor não é pai, apenas, humano...?
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença