Algum vento mais lacrimoso passou distante na tundra,
tinha no dorso a saga de um teorema universal
que misturado na sombra do feno solar sereno viajou
como fagulha temperada do umbigo ancestral da primeira luz.
O nome das vozes do deus primeiro vacilou em gota
no planalto temperado de uma árvore rezando incensos;
o guia dos ósculos astrais ressoou um verso ao vento –
era o tímpano da Alma chorando as alegrias da Sublimação.
Por isso o eco das horas de ir meditando os pães da Verdade
se infla em pétalas para brindar ao íntimo calor da Alma
o levitado alvorecer da sábia chama da Vida.
Edmundo da Silva
Fevereiro 2006
Poesia 2006Portugal
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