Éramos tu e eu
Éramos eu e tu
A tentar encontrar o ponto certo 
A mistura exata
Os fantasmas aplaudiam a cena 
O espetáculo era viver
E o medo corria as cenas nas câmeras lenta dos meus olhos.
Mãos agarradas pulsos algemados 
Éramos tu e eu
Dentro de nós
Toda a noite chorei na casa velha
Provei da terra, da chuva fina 
E de todas formas de dores
Um nome era a causa de todas as coisas
A ausência e a insônia jogam cartas no silêncio da noite.
Os lábios túmulo dos risos
Já não contam mais histórias de ti
As ruas, a vida perderam os adornos das cores, 
O retrato é uma bola de papel jogado a um canto do quarto
No cinza das horas, não somos mais dois
Nem mesmo tu, nem mesmo eu

Wilson Costa Wilson
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