Foi essa instrução que a vida me deu
Olhar em mim mesmo
Ainda que cansado de tentar ver e aprender,
Aprendi a sentir esperança quando já havia o futuro desfalecido
Tudo acontece num tempo só nosso, universo explodindo galaxias,
Buracos negros e estrelas nascidas de nós
Tive que construir um templo arrancado pedras dentro de mim,
Escavando sentimentos arraigados em terra dura, ressecada
Agora quando me debruço sobre lembranças ainda aprendo
Às vezes me anoiteço e nos escuros procuro terras despovoadas,
Que possam ser preenchidas de claros amanhãs, cultivadas de novos princípios
Risco faíscas, a minha luz ainda é parca
Mas são como pequenas estrelas num céu de infinitos
Aconteci, aconteço todos os dias, a futuro me espera e é vasto
De onde eu arrancava o sustento?
Não sei ... alimentavam-me de sonhos talvez
Wilson Costa
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