Soneto de Improviso

Tua imagem vem, de vez em quando
Vejo-te em miragem
E nessa viagem
Torna-se o pranto

Esquecido de teu encanto
De meu coração a estiagem
Que antes tua morada, tua estalagem
Nem sei mais porque ainda dói tanto

Sinto-te aqui, comigo
Presente, meu abrigo
Onde posso te buscar

De tudo que queria
Na madrugada sempre fria
Teu corpo abraçar