Quando as chuvas de dezembro chegar,
estarei aqui,olhando o horizonte
cinzento e tenebroso.
A porta estará aberta e as janelas também,
para que eu a veje chegando de longe
entre o vento a espalhar seus cabelos
pelo ar e a lamber esse teu corpo
pequeno e lindo.
Quero vê-la entrar,me abrace,
me beije e me diga
aquela frase que me fez homen, sim,
o teu homem de uma vida inteira...te amo!
Quando as chuvas de dezembro chegar,
estarei sempre sozinho...sim,sozinho
com as lembranças de nós dois e sei
que você nunca vai chegar,pois
nada será como foi,pois tudo se foi,e foi vivido e foi deveras lindo.
O passado meu e teu,é restias
de lembranças nas paredes de minha conturbada memória,
onde eu as alimento todos os dias
entre vivos e mortos na necróple da cidade,
e te vejo apenas em um nome,entre
datas de nascimento e morte.
A morte...te levou de mim.
A morte...é tudo que me lembra você.
A morte...é cruel e me fez homem, me fez lobo
solitário nesse mundo estranho em preto e branco...nessas
lembranças estranhas em preto e branco.
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