A vida é um tórrido rio
Onde naufragam as minhas ilusões.
A vida é um tórrido rio
Onde navegam as minhas emoções.
Esta voz que, enfim, cantava,
Agora espanta, com sua rouquidão
E os versinhos que eu cantarolava
Agora estão dispersos nesta imensidão.
De Vinicius me alimentei,
E vi que Camões pairava no ar.
Cecília, quem sabe, imitei...
Mas nunca me deixei subornar.
Pediram que encontrasse um amor
Para que então lhes pudesse ensinar
Mas quem sabe se sozinha, ou com a minha dor,
Eu não volte, então, a cantar.
A vida é um tórrido rio.
Céu sem estrelas, banho ao luar.
Mas a vida também é um caminho...
Um caminho que ainda não sei trilhar.
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