Doce companhia (companheiro)

Em meu seio ainda vive uma lembrança tua;
Em meu coração, percebo uma fagulha de amor.

Minha alma resplandece,
Seu sorriso murcha.

Toma conta de mim um sentimento:
O temor.

Sei que posso te perder
E é este um vão momento.

Ninguém pode arrancar o que ainda não senti...

Como saber que é amor?
Nem eu mesma o sei.

Como um desgaste, finjo,
Fujo.
Mas logo volto.

A impaciência se mostra um defeito,
O descuido, uma virtude.
Pois se andasse tão atenta
Perceberia que já não é isso o que quero.

Demonstro medo,
Compaixão,
Ansiedade.

Quem sabe dessa forma possa tê-lo,
Mesmo sem saber se é amor.

Talvez seja desejo.
Paixão?
Não sei.

Nunca senti algo assim.

Coisas de que possa me arrepender
Ou envergonhar.

Pra que?
Por quê?
Quando?

Tudo aconteceu de uma forma tão inesperada!

E estas linhas que escrevo em um caderno...

É tudo tão absurdo,
Mas real.

Ainda lembro da sensação
Que tuas mãos proporcionaram em meu coração,
Ao tocarem a minha face.

O meu rosto...

Ah, como eu tremia.
E era tão maravilhoso.

Ainda não tinha certeza.
Quem sabe, nunca a tenha.

Pode ser que teu carinho tenha me confundido
Em minha carência
E descontração.

Gargalhadas, brincadeiras,
Seus olhos - meu coração.

Foi tudo tão rápido...
Um momento preparado em algumas horas.

Mas estava tudo tão perfeito!

Até a lua apareceu,
Você lembra?

Sou o anjo de quem ouviste doces provocações...

Sinto sua falta;
Espero teu telefonema.

Um momento é construído por um instante
E desde que te conheci
Não tenho forças.
Ao mesmo tempo em que espero encontrá-lo novamente.

O momento, marca.
Um instante, não.