Mesmo que seja pouco ou quase nada,

tenho amor do tamanho de um grão de mostarda

que planto e rego todo dia, desde que acordo, feliz,

desde que percebo que sou as terras do meu próprio país,

sem fronteiras e dicionários que possuam más palavras,

sonho sonhado em noites distantes como sempre quis...

 

Mesmo que seja eu um estrangeiro nas terras em que caminho,

que coloquem diante mim tantas farpas e tantos espinhos,

sigo a buscar o que nem sei se um dia encontrarei,

apenas por amar o que amo e que sempre amei...

 

Plantei palavras como o lavrador faz com suas sementes,

herdei meu próprio tesouro e o multipliquei entre tanta gente,

hoje carrego comigo o invisível que distribuo sem distinção

como faço com o amor que nasce-me a cada dia mais no coração... 

 

 

 

 

Prieto Moreno
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