Mesmo que seja pouco ou quase nada,
tenho amor do tamanho de um grão de mostarda
que planto e rego todo dia, desde que acordo, feliz,
desde que percebo que sou as terras do meu próprio país,
sem fronteiras e dicionários que possuam más palavras,
sonho sonhado em noites distantes como sempre quis...
Mesmo que seja eu um estrangeiro nas terras em que caminho,
que coloquem diante mim tantas farpas e tantos espinhos,
sigo a buscar o que nem sei se um dia encontrarei,
apenas por amar o que amo e que sempre amei...
Plantei palavras como o lavrador faz com suas sementes,
herdei meu próprio tesouro e o multipliquei entre tanta gente,
hoje carrego comigo o invisível que distribuo sem distinção
como faço com o amor que nasce-me a cada dia mais no coração...
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