A extinção da escravidão OI
No final do século XVIII a escravidão foi extinta no Brasil.
As dores, os sofrimentos dos negros libertados da escravidão,
Agora vão ser acentuados.
Sem dinheiro, sem comida, sem moradas, vidas abandonadas.
Pelos antigos senhores dos cafezais, canaviais e engenho.
Dispensados, ficando sem trabalho e sem abrigo.
O trabalho agora tem que ser remunerado,
Os senhores de engenhos achavam que pagar um dia de trabalho a um ex-escravo era um sacrilégio.
Seria um tamanho privilégio pagar alguém que nem dinheiro conhecia
Se não saberia ler nem os valores expressos nas moedas
Pois estes não acompanharam o progresso nacional
Ler era um privilégio das elites nacionais, da autarquia
Com estes raciocínios infames, de crueldade contra os ex-escravos
Jogados nas ruas das cidades, em enorme abandono sociais
Uma barbárie humana, contra quem tantos serviços já prestaram, ao país.
Uma falsidade, maldade, contra seres humano por possuir nas suas peles
Um pigmento que dá ao seu corpo um tom negro.
Os governantes olhavam, mais não viam os ex-escravos em plenas agonias
Com as barrigas vazias, por falta de um pedaço de pão
Um abraço, um ombro amigo, o calor humano de um simples cidadão
Um agasalho pra forrar o chão, cobrir os seus filhos contra as intempéries
Das estações das noites frias sem luar que predomina no sertão.
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