Tic-tac bate o relógio, bate o ponto, bate-estaca. Planta a esperança em solo argiloso – entre raízes e ossos de gatos, afundam as vigas até o fundo da alma.
 
Apita, então é pausa. Levanta, caminha, se senta e descansa. Mãos grossas sem tino pro fino, só o espesso concreto da aura. E o rosto marcado, queimado de sol e de sombra, que se espalha qual uma praga de gafanhotos-esperanças – apagou-lhe, apagou-a.
 
Plantados no chão, tantas vidas, tantos sonhos, e o que fica enraíza e floresce em mudanças profundas e determinadas, sem fins nem meios: moral alheia flagelada.
 
São tantos solos, tantas cores, regados do sangue de tantas flores que um dia ousaram ousar. Até porque, nesse enorme país o horizonte só se avista ao longe, e o medo e a premissa se fundem em desproporcionais desigualdades verticais.
 
Mas enraizados na história também estão exemplos que se possa enfatizar.
E quem são os que não se lembram do garoto subestimado, que subiu nos mastros a destroçar bandeiras e a gritar: “nous sommes le pouvoir”?