Ódio verde, amor castanho.

Leio, escuto, observo. Quem consegue ser feliz vendo a infelicidade de alguém?
Você acha que gastar saliva de 200 palavras e meia prolonga sua vida?
Gosto de responder perguntas com perguntas.
Farta de delírios, como o mundo seria melhor com extinção de gente suja.
Suja... me refiro a sujeira mental, física, espiritual. Principalmente espiritual.
O brilho vem do interior, de berço. 
Nunca falei de energia positiva com cigarro entre os dedos.
Não precisa perder tempo, correr atras de vento.
 
Pessoas erram, falam o que não devem;
principalmente pra quem não merece
Ascensão, sempre essencial mantendo a essência.
Mas antes, pergunte-se "qual é minha essência?"
O que fez de ruim para o sofrimento vir a tona hoje?
A chave de tudo é não desistir, mas não esqueça;
A felicidade não entra em portas trancadas.
 
Vive falando de medo, afogando suas dores
Num daqueles vinhos secos.
Desequilibrada. Babaca.
Vai lá, se joga no muro das lamentações;
Perde o tempo, mas não perde a poesia;
Sobreviva no inferno das mágoas, da angústia, do rancor,
Não esqueça de reler todos os dias seu manual do ódio.
Enquanto isso, estou pedindo aos céus a extinção
de pessoas assim, que chegaram no buraco às cegas.
 
Você encontra sua felicidade num lugar estranho
Num boteco, numa esquina, numa noite, num cigarro.
Ainda bem que nunca me chamaram de "Maria do Bairro".
Vejo palhaços rindo sem alegria, com olhos afogados.
Ou, faíscando lama.
 
Eu procuro caçar as mais belas borboletas,
Ir à belas cachoeiras, deitar na grama e ver as nuvens.
Engulo arco-íris, sorrio com a chuva e com o sol.
Mas antes de tudo, lembro sempre de agradecer
A maior força, algo que vai além do céu
Além do sol, além do vento, além da lua
Agradeço pela luz, pela minha luz.
O tempo passa, eu não passo a vontade.
 
PAZ nunca é demais, não pra quem à busca, mas para quem se permite viver em paz!