NIILISMO

20/01/2014

 Cultivo a solidão com o pretexto de fazer laboratório de vivência

Minhas invenções, sou mesma dela cativa.

Minhas ânsias como de qualquer outro ser é

Amar e ser amada.

No meu coração não há espaço para o amor

O medo já o dominou.

Li sobre a equivalência do amor e morte 

Ambos são forte.

Morro minha vida todo dia

Temo amar.

E por medo de sofrer, sofro.

Tive um insight num sonho

Desejo verso defesa.

Entendi minha paralisia

Mas não tomei partido.

Quem me vê, não vê a mim.

Quem me vê projeta se a si em mim.

Delirando alienada vivendo a morte de cada dia.

Até que um dia eu morra.

Mas também temo e me envergonho

Cofesso.

Meu domínio é o medo.

Já tentei justificá-lo lançando resposabilidade para os outros,

Me afastei do eixo estou perdida, mas o que importa.

Não sei mais o que dizer se é que eu disse alguma coisa.

NIILISMO
20/01/2014
Escrevi este desabafo em momento de desespero, não me sinto assim o tempo inteiro e quando o releio nem parece que foi eu quem escreveu.

Meu quarto/ em per

Nígia Soares
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