Gente  da  espera e

ausência  e  de 

mais vazios  ainda, 

danificando  razões

tais   como   nossos   

desfigurados  alentos. 

Quando ouvimos   inertes    

a repetição,  dos   desdobrados  

ecos  do  socorro.

Fixando-nos  naqueles  silenciosos   

véus  do emudecimento, 

que  aos  poucos  e  em   pedaços

se esvaem pelas caricatas 

intenções,  em  vão almejadas ! 

Nós .  .  .

do agora e nunca

acorrentados,   de um 

sempre  nó  cego  que

não desata.  Gente  e 

nós  pasmos,  sós,  

levemente  recordados

do tempo  dos   mil  beijos 

sem  compromissos,

fazendo  tanta falta  nessa

total  omissão  do  carinho. 

Todos  de cabeça

baixa  diante  de  mãos 

atadas,  inúteis .  .  . parcas

para a surpresa dos gestos !

Nós,  gente, eles,  todos : 

vívidos pavios  de

chama  apagando-se,

entre o  medo e a deserção  da luz.

A  esmo  de reduzidos horizontes.

No  efêmero  da ânsia do perdido

último  trem  pra Paris.

Nós !  Gente  da espera   e  ausência.   

Assim  lembrados.  Assim velados.

Como  mortos habituados !!!!!!!!!

 

 

 



 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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