Faço do tempo meu pão e água  


E na cela chamada vida, enquanto me pergunto como escapar 

Faço com o meu pensamento o que muitos não fazem 

Deixo ele viver por si só, para mostrar-me alguma direção 

E na loucura que ele se encontra, vejo muitas direções 

Pois pelo campo que passeio agora, só há uma luz 

E neste caminho que entro parece que já não volto mais 

Então desperto, desperto daquilo que foi uma viagem 

Para fora da cela e para dentro do meu mundo 

Agora vejo 

E agora sinto, e sigo com meu pão e água 

Pois a cela não se abre 

Ela não se abre

Alexandre Soares
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