O homem e seus vícios

 

O homem, que é acorrentado pelos seus vícios,
recebe as chibatadas da sua vergonha
todas as noites, antes de dormir
Seu carrasco é a sua consciência
Sua tristeza, a sua fraqueza,
cada vez mais crescente
Seus horizontes, desconhecidos,
tampados pela escuridão

Apenas a chibata é recebida por esse homem
E a sua vergonha
é cada dia mais evidente

As correntes, cada vez mais apertadas
e os vícios,
cada vez mais agarrados à sua alma

Pobre homem,
pobre animal,
prisioneiro da sua própria estupidez
Açoitado pela chibata de sua própria vergonha

Pobre homem
Coitado animal!

Juarez Florintino Dias Filho 

 

 

Juarez Florintino Dias Filho
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