Sou o vôo da ave altaneira,
sobre os Andes
nas cordilheiras...
Sou a nuvem que passa
num céu de primavera...
Sou o pássaro
que canta na janela,
sou o ninho
abrigando os filhotes,
sou a paz
de uma tarde rosada
e também a imensidão
da noite estrelada...
sou o riso da criança
e às vezes
a dor
da desesperança...
Sou mar bravio,
sou onda mansa,
ou então
o sol escaldante do deserto...
Muitas vezes
sou a luz bruxuleante
de uma vela...
ou o uivar mortal de uma cadela...
Sou a luz tênue
de um final de tarde
refletida no vitral
de uma capela
sou a água benta
e o sal do batizado...
Sou o presente e o passado
esperando o futuro
para dizer quem sou...
Sou
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