Vendo as folhas soltas

que o vento derruba

e varre depois pelo chão

penso que elas deixam-se levar

sem direção ou rumo

pelas ruas e calçadas, 

juntam-se nos desvãos,

nas escadas,

amontoam-se nas esquinas

vão rolando e tingindo o chão

numa beleza dourada.

 

Voam depois,

até um jardim qualquer

e fenecem,

adubando a terra.

 

Assim também

nossas vidas,

sopradas pelo vento do destino,

deixam na poesia,

a beleza,

a vivencia,

o amor...

folhas de outono que o vento carrega...