Bruxos, fadas e santas
Carrascos e carrancas
Do povo é a condição
 
Vejo em suas mãos vazias
Da sua face a fotografia
Mas a sua história não
 
Vai vivendo, vai brincando
Não se sabe até quando
Vai comer de mão em mão
 
Podem beber o sangue
Do seu corpo já exangue
Mas a sua honra não
 
Sua sina é o conflito
Arma apenas o grito
Sobrevive em oração
 
Luz divina clareia seu trilho
Pelo caminho ficam seus filhos
Mas a sua fé não
 
Procissão de ritmo lasso
Pelos cansados passos
Atrás dos quais os meus vão
 
 

 
 

 
 

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Grato!!!