No vale de sal

as lágrimas correm por entre meus dedos

Esperando que a vida se transforme

não vejo nenhum sinal

Somente meu medo

 

Mais um dia a lua nasce e o sol se deita

e a cada dia mais branco crescem meus cabelos

A idade vem, o tempo passa

e seu amor é o mesmo: seco e mudo.

 

Quanto tempo mais teremos

para sermos o que queremos?

Para deixar de ser o que somos

e nos olharmos  de novo sem medo?

 

Já esperei demais

já não tenho tanto tempo...

 

 

Fabiana Agueda
© Todos os direitos reservados