Na essência do mundo, odor de inverdade
Contrariando a razão que dispersa o engano
Em tempo obscuro do mal sem piedade
Ao ser que deriva como um barco no oceano
Preso ao pecado da fuga da verdade
Gradeando o real na voz do seu tirano
Apaga o sorriso da cor da liberdade
Que inverte os valores para criar o seu plano
A democracia que convém aos desejos da nobreza
Interrompe o arbítrio direcionando a sua massa
As garras e dentes de um poder aristocrata
No instante do tempo propício a incerteza
Lapida-se o destino de toda uma raça
Quando a falácia é que sustenta a sua prata
Murilo Celani Servo
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