Embriagado pelo sono, escrevo em noite lenta
Resistindo à madrugada, fria e silenciosa
A solidão da poesia, um poema que esquenta
A brisa da manhã de um desejo cor de rosa

Paixão cotidiana que na alma se sustenta
Uma essência de poeta de veste jubilosa
Na correnteza do tempo a vida movimenta
O silêncio dos ventos, do amor de sua prosa

Dos versos sem respostas se de mim ainda gosta
Nas rimas em que o grito, entorna a esperança
De matar a saudade quando forte a lembrança

Aprisiona o destino na ausência que se posta
Em pranto de tristeza, distância a confiança
Do amanhã que retorna o meu sonho de criança

 

Murilo Celani Servo
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