Neste ano que se inicia
É imprescindível que tenhamos fé
A cada novo e desconhecido dia
A cada labor que antecede a poesia
De nossas vidas.

É essencial que sejamos de fibra
E com certa dose de aço
Para que a constante conquista de espaço
Torne-se efetiva.

Para que sejamos bons é preponderante
Que aspiremos a nosso objeto
Sem descuidarmos do senso e do afeto
Feito mistura de ceia, amalgamada.

Não obstante, é imperativo que tenhamos a nosso lado
Um outro ser e suas imperfeições
E iluminando nossos sonhos e frustrações
Um criador singular e mais maior de grande.

Neste ano vindouro,
Que nosso céu seja de estrelas.
E o viver, um descarrilar de coisas belas
A despertar o iminente futuro.

Certifiquemo-nos de que as alegrias,
Abundantemente, sucedem as tormentas.
Na vida, a poesia a gente inventa,
Só pelo fato de tê-la.

Curitiba, 04/09/2004