De olhos cerrados ainda incautos sonhava
De malabares instáveis, equilíbrios mirabolantes
Do sempre esperar a queda do trapezista
A magia que cerca o imaginário de uma criança
que sonha puramente com o circo
Com o joelhinhos apertados num grito
mal piscava os olhos para não perder os detalhes
borbulhava a alegria em meu ser
Sentia que cada um que pisava no picadeiro
Deixava um pouquinho para mim levar para sempre
Ainda acredito como a criança
Que um dia deixei de acreditar que existisse
Carrego todos esses artistas em meus sonhos
E quando fecho meus olhos ainda posso ver as luzes
Sentir o cheiro da pipoca de gosto mirabolante
Cynthia nogueira
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