A Rosa e o Tigre VI – O raiar

 Ao sentir a luz do amanhecer,
tentar despertá-la no alvorecer.

A Rosa exitou em levantar,
e todo aquele sonho terminar, em pleno raiar.

Sentia que o olhar do amor a observava,
a desejava e a cobiçava.

Sentiu um leve movimento.
Tão breve, que não era sequer um momento.

Um respirar contido no tempo,
imaginava qual seria o próximo movimento.

Não acreditava no acontecido,
um sonho plenamente cumprido.

Então pensou: “- Que bom é o amor !”.
Era muito mais intenso que tudo que imaginou.

Tinha alguém que a queria,
junto com amor e alegria.

Não queria acordar,
possivelmente seria um sonho que poderia acabar.

Sentiu um leve toque,
delicado e sutilmente forte.

Finalmente acreditou na verdade,
que não era um sonho e sim realidade.

Sabia que o Tigre estava ao seu lado
e a contemplava, parado.

Ouviu um leve sussuro,
de quem promete pelo seu futuro.

Após a promessa de amor eterno,
ecoando pelo que é mais interno.

Aos poucos despertou,
e disse: “-Que bom que está aqui meu amor !”