E aí,

o que eu faço pra te ver?

Moro num canto, você no outro,

cada um em cada extremo da cidade.

 

Quando vou onde você está,

você não está;

e quando saio, você chega,

repetindo esse desencontro sem fim.

 

Quando nos encontraremos?

Quando Papai-do-Céu assistirá

ao encontro dos nossos corações?

 

Eu sinto muita falta sua,

mesmo que seja para te olhar de longe,

ou, quem sabe, de perto, de muito perto...

Um novo amor que mora do outro lado da cidade e que vi somente duas vezes, sendo que numa delas, sorriu para mim... Quando nos encontraremos, quando?

Em casa.

Pâmela Eneida Costa dos Santos
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