Soneto da percepção tardia.

Soneto da percepção tardia.

 


 
 
Antes a dor, depois o ópio me entorpece.
Não sinto mais o pulsar de minh álma,
Olho para dentro de mim e tudo aparece,
Numa sensação de desconforto sem calma.
 
Certeza!- Se minh álma ainda repousa em mim,
Sinto o torpor e o cansaço consumindo-me em fim.
Fui criança pura e sem nenhuma maldade,
Reluto quando a memória desfralda a promiscua realidade.
 
Sei quem sou e quem nunca pude ser
Mas não fiz de minha vida uma mera ilusão
Sempre me ocupei com as coisas do coração.
 
Tenho dentro de mim motivos para ter razão,
Mas, às vezes me faltou um lampejo de percepção,
Não fui um negligente, mas, deixei coisas por fazer.

 



 


 

 


 

 

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