A vida corre a cada dia,
A qual sentido nos guia,
Já olhas-te para trás,
O que fizes-te nem sempre te apraz.

Diz-me o porquê do amanhã,
Porque corres com esse afã,
Já paras-te, já pensas-te em ti,
Lembra-te que a vida tem fim.

Corres, suprimes-te do viver,
Pensando muitas vezes no ter,
O que irás deixar irá valer,
Que permanecerá de ti, nada, vais ver.

Todos nós queremos chegar e vencer,
Vencer o quê, de quem, para quê,
Já olhas-te ao teu redor,
Tudo fica, tudo permanece, não sintas dor.

Vivemos nesta sociedade de bens materiais,
Olhas para ti no meio da multidão,
Na sua efémera corrida, nem se lembram mais,
Que os deliciosos momentos é o doar do coração.

Olha para ti sente o teu respirar,
Sente cada pedacinho do teu ser,
Entende a sensação de te amar,
Sente cada pedacinho de ti, sente o viver.

Sente os teus olhos, a tua boca,
Sente os musculos do teu corpo,
A vida está em ti, por isso sorri,
Sente que tu és importante sim.

No meio deste nada efémero, cada um é tudo,
Por isso doa sempre todo o teu amor,
Vive e sente-te neste implacável mundo,
Todo o amor, todo o sentir é o bem maior.

Podes estar triste e dizer desisto,
Pensa que basta um esforço para sorrires,
Tudo ficará menos frio, pois tu existes,
Sentirás que ao teu redor tudo será mais simples.

No Escritório a trabalhar no meu Portugal