Quisera ser o mar que salga o peixe e o torna doce ao paladar,
ser o vento que derruba folhas e alimenta a terra, quisera;
quisera ser a mão que afaga o cão abandonado,
aquele que nunca diz - espera!
Sou só o homem parado na esquina a colher versos,
que ri e chora e abraça o mundo com amor,
vive reais acontecimentos, neles imerso,
sabe sorrir, sabe o que é dor...
Quisera, um dia só, ser o sol que a todos aquece,
fazer para de tremer flores à beira da estrada,
ser aquele que do nada tudo tece,
ou então, vida, uma só palavra...
Prieto Moreno
© Todos os direitos reservados
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