Noites santas e profanas,
no adormecer do dia as pessoas saem,
são os bichos,vermes.a escória,os ratos do
esgoto humano.
Noites devassas,
sexo,droga,morte,cocaína,heroína,
mulheres,meninas nas esquinas,coloridas artificial nas cores
do bela dona,maltratadas pelo marcantilismo do corpo,corpos,
carnes brancas e carnes negras,mestiças nos sinais,na sarjeta
em liquidação ou a preço fixo.
Noites sujas,
imundas,porcas e fétidas,
submundo do lixo da desgraça humana,
desumana,errante,perdida
fodida fedem a fornicação.
Noites tortas,
pelo avesso,onde os bichos da noite estão perdidos,
não tem sonhos,mas pesadelos,
o sonho é pertubador,é macabro,é insano e cruel.
Nessa noite em que perambulo entre névoa e silêncio,devorado
pelo tempo e o uivo dos cães vadios pelas ruas,também sou bicho,velado
pela solidão eterna,sepultado entre a noite gélida,ouço a lua a me amaldiçoar.
Tudo nessa noite,onde traço esses versos...seja breve essa minha
existência,pois sou bicho da noite,
sou bicho do mundo,sou bicho da morte
sou um bicho homem desgraçado pelas
circunstâncias.
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