Noites santas e profanas,

no adormecer do dia as pessoas saem,

são os bichos,vermes.a escória,os ratos do

esgoto humano.

Noites devassas,

sexo,droga,morte,cocaína,heroína,

mulheres,meninas nas esquinas,coloridas artificial nas cores

do bela dona,maltratadas pelo marcantilismo do corpo,corpos,

carnes brancas e carnes negras,mestiças nos sinais,na sarjeta

em liquidação ou a preço fixo.

Noites sujas,

imundas,porcas e fétidas,

submundo do lixo da desgraça humana,

desumana,errante,perdida

fodida fedem a fornicação.

Noites tortas,

pelo avesso,onde os bichos da noite estão perdidos,

não tem sonhos,mas pesadelos,

o sonho é pertubador,é macabro,é insano e cruel.

Nessa noite em que perambulo entre névoa e silêncio,devorado

pelo tempo e o uivo dos cães vadios pelas ruas,também sou bicho,velado

pela solidão eterna,sepultado entre a noite gélida,ouço a lua a me amaldiçoar.

Tudo nessa noite,onde traço esses versos...seja breve essa minha

existência,pois sou bicho da noite,

sou bicho  do mundo,sou bicho da morte

sou um bicho homem desgraçado pelas

circunstâncias.

 

Charles Feitosa de Souza
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