Me faço em risco,rabisco
de giz,lápis e carvão,de caco
de telha e borrão e riscos de pensamento.
Me traço em linha reta,e torta do
ponto "a" ao ponto "b",perpendicularmente vou me moldando
e desapareço num belo,o bela da arte,ponto de fuga.
Fuga,fulgaz,fujo do esboço imperfeito buscando um outro impossível
desejo,que é o desenho de mim,mais que perfeito e
só sei que não vou entrar até a verdade absoluta...a morte.
Me desenho na água,no fogo e no ar,me faço arte da existência humana,da minha existência
e essência,
em que não há cores vibrantes,só mesmo em preto e branco,pois
estar no mundo requer misturar as tintas.
Charles Feitosa de Souza
© Todos os direitos reservados
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