Me digam, que silêncio é esse no meu olhar?E que cor
cinza e avermelhada são essas nos meus olhos?Nada falo,
mas sussuro em noites tenebrosas; e passeando nessas noites tenebrosas,
busco nos convales de minha inquieta, pensamentos perdidos e embaraçosos de revolta.
Há um fogo que me devora por dentro,me consome a alma,o coração e meus sentimentos,meu coração já foi
consumido e minha capacidade de amar e perdoar virou cinzas.
Não sou humano,e nem quero ser agora,
há nesse momento um monstro adormecido em mim,criado pelas
circunstâncias da vida,me devorou a capacidade de amar que existia em mim.
Não choro,não amo,não perdôo,
como uma árvore seca,como um leito de rio ao pó,
sou assim...monstro.
Eu monstro vou seguindo solitariamente meu o caminho,
sem olhar para trás,desapareço na névoa cinzenta sob o
olhar da lua no firmamento,que tal qual um olho descanado nesse céu cor de chumbo, observa
sem compaixão a terra dos malditos.
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