Aquele homem range os dentes como uma porta velha

Sentado, transpira mais que um jogador em campo.

Por dias e noites estéreis, sem que o saiba, destelha

os próprios sentimentos de um sincero tampo.

 

Vazio vive, sem contemplar da vida os mistérios.

Em vãos diálogos demonstra que em nada crê.

Enfada seus companheiros com excesso de critérios,

e se embaralha com a complexidade que o olho vê.

 

Um dia teve um sonho de grandiosidade:

ser bem-sucedido sexualmente

entre o mulherio de sua cidade.

 

Jamais sonhou harmonizar corpo e mente,

jamais transpôs os limites do corpo sua vaidade,

por isso há de ser infeliz perpetuamente.

                                                                      08/12/14  às 05:00h. da manhã. 

Évitor Ricardo Hofrimann de Araújo
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