Subentendido
Vivo a escrever  pensamentos, sentimentos, trocadilhos, observações, rimas.
Minha vida é escrever.
Escrevo a vida.
Expresso os afetos.
Meu glamour seria medalha de desprezo,
A lisonja penduraria no meu pescoço medalha de ouro.
Não, não escrevo sobre esta pretensão.
Originalmente tudo que teria que ser dito, já o foi.
Renovemos nos em ideias antigas.
De tudo que leio sorvo o que coincide comigo.
Escrita livre sendo só por ser mas, aprecio o ensaio.
Uma das minhas maiores gafe foi defender alguém a quem achava inocente.
E, contra todos.
Escrevi um artigo compartilhei a ideia com um amigo mas, até ele sabia.
Vi  um cão em meio a um funeral em uma tarde fria, se aquecia na junção das pessoas. Mas as pessoas são frias, tais os cadáveres amigos mortos em acidente.
Na verdade nada tinha eu a ver com aquilo, porém, tantos se afastaram de mim, e os que eu mais amo.
De tudo só sobrou a consciência limpa e o coração magoado.
Escolhi apoiar quem estava errado, nenhuma ingenuidade, acreditava eu  estar correto.
Enganei me.Sem remorsos.
Eles(os que amo) erraram também, não me contaram os fatos, e em momento de exaltação emocional me acusaram aos gritos.
Eu disse a verdade, não sabia de nada.
Perceberam minha (não digo inocência) ignorância, nos faltou comunicação.
Agora é hora de prova real, não é matemática não.
Na amizade, na família, no amor o constrangimento  ata os laços ou solta os, e sobre a supervisão do tempo aguardo.

Um dos maiores constrangimento em minha vida fui a um funeral de dois amigos mortos em acidente de carro,acompanhada por alguém que estava sendo rejeitado por todos que estavam ali e quase todos são amigos queridos, familiares, vizinhos e meus irmãos. A situação foi pior que enterrar os mortos em questão mas como eu disse eu espero.
Nígia Soares
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