Mesmo – Poesia de Nígia Soares | oSabeTudo.com

Quando escrevo…
A escrita é o que expurga minha ferida.
Durmo com o caderno embaixo do travesseiro e quando desperto em devaneios escrevo.
Escrevo como confissão e como terapia.
Escrevo por impulso, com compulsão.
Escrevo o que me vem ao coração.
Coração por vezes adormecido, fechado e encolhido
Por não ver no meu mundo espaço para se expressar
Procura, procura e não acha ouvidos para escutar o que há a se dizer
Então escrevo.
Escrevo pra mim mesma ler, mesmo que eu publique, não me importa.
Ontem escrevi uma carta para meu irmão, mas, quem de repente possa ler é alguém no site se eu resolver publicar.
Desde sempre em minha tosca vida, busco uma forma de transcender:
Imagino-me no ventre, feto em plena interação comigo, completa.
O mundo era meu.
O mundo era eu.
Mas, nasci.
Impulsionada a este mundo fragmentada.
Coitada!
Antes de ser gerada era fragmentos
Alguns dias de ilusão, a tal gestação
E, depois um ser completo ou dividido
Multiplicado em células e estados.
É assim quando escrevo.
Mesmo

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São Paulo

Nígia Soares
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