O mundo é uma piada.
Viver é uma piada, um pouco mais irrisória ainda.
E amar, é o preço que pagamos por rir tanto.
E amar só, seria muito bom.
Um grande “castigo”, não?
Entretanto, vem junta toda a miséria que destilam os demônios.
Vem junta toda a farsa de que é feita a moral humana.
Vem junto, todo o querer e porquê sem respostas.
Somos hediondos fantoches.
Nosso mestre?
Um miolo podre, de um coração qualquer,
Temível e infalível nas suas desgraças preparadas.
Somos lodos universais, prontos para qualquer arremesso sem conexão.
Eu sei que eu sou um verme.
Podre, podre, podre, podre, muito podre.
Sujo, sujo, sujo, sujo, muito sujo.
Sou um tapete de carniça.
Que desçam a mim, todos os santos e todos os diabos.
Preciso ver a estampa de escárnio, o sorriso maldito no rosto de vocês.
Quero torcer suas asas e arrancar-lhes os chifres.
Quero beijar-lhes na boca e deformar-lhes os lábios com mordidas diabólicas.
Seus porcos, grossos, homens!

03/02/06