Abraço-te e sacio um pouco da saudade que me atormenta,
Que seu corpo alimenta.
Toco-te e pareço estar noutro mundo,
Que me instiga e amedronta simultaneamente.
Contemplo-te e perco o resto de sanidade que existe em mim.
Digo lhe tchau por não ser capaz de dizer o que me corrói.
Nunca tenho as palavras certas.
Você certamente me compreende.
Ao encontrar você, me reconheci.
A sua partida sempre me surpreende, e me castiga.
Volto sempre com a sensação de que eu poderia ter me expressado,
Dito a turbulência de sentimentos que me assolam o espírito confuso!
Não são seus lábios que me seduzem, é a tua alma reluzente...
Que me põe em risco, me convocando a desafios...
Tua amizade me ilumina.
Teu sorriso me embriaga, teu falar me regozija.
Você percebe o quão interligadas estamos?
Interalinhadas, intercomprometidas, intersintonizadas?
Você é o começo do avesso do desencontrado que em mim existe.
E não há outro amor amigo mais significante do que este...

Para minha melhor amiga.

27/02/06