Insõnia

 Na negridão do véu noturno a lua avança,
Dando lugar ao brilho tênue da aurora.
Na solidão, do quarto escuro a alma chora,
E o refrigério do sono não me alcança.
Não tenho mais a inocência da criança,
Tampouco, tenho a paz serena de outrora,
Somente dores e anseios, tenho agora
Depois que o medo, deu lugar à esperança.
E se o ponteiro do relógio salta às horas,
O olhar exausto e abatido não descansa.
 
E os fantasmas que me invadem à lembrança,
Se eu fecho os olhos, não .se escondem ou vão embora
E assim, num lúgubre cortejo, noite afora,
 me atormentam,  insistindo nessa dança.
A luz do sol que, na manhã,desponta mansa,
Invade o quarto e a alma triste, nada tem,
Somente um corpo já cansado de insistir,
À mão repleta do remédio pra dormir,
(Lexotan)  e finalmente, o sono vem...
 
 
(BRUNO)             15 DEZ 2013                      05:30h
 

Ontem, no maior sufoco...
BRUNO
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