Nasci cresci morri
O intervalo nem vi, de tristeza acho, vivi dias obscuros e claros.
Claros o como são doces e inebriantes a lembranças foram raros os dias e assim foi um e outro dia de minha vida.
Sonhar, não pude mais, obscureceu a esperança, perdidas em lembranças dos fracassos.
Por muito tempo tive sonhos mais os vi definhar em meio luta diária pela sobrevivência
E por fim não havia mais em mim nem sonhos, nem planos nem nada.
Um grande abismo de um vazio imenso tomou meu ser e fui assim morrendo a cada dia
Em que os outros me julgavam viva mais o sorriso era oco as palavras vazias a alma infeliz
Aguardava o fim como se morrer fosse prêmio talvez à única sorte da vida que ainda pudesse considerar um sonho possível de se realizar mais a morte é como a sorte geralmente nunca chega quando se deseja.
Talvez quando menos se esperar lá vêm: A sorte, não a morte.
Assim segue os dias meses e anos.
A como seria fácil contabilizar o tempo se pudesse encontrar um se quer motivo para voltar a sonhar.
Ainda que morresse no sonho esperaria ainda ansiosa a sorte e por certo teria encontrado a morte.
Acho que vago pelo tempo e espaço em busca do que não consegui vagando vou a cada dia
Espero ainda que possa encontrar a linha do ponto final.
Minha ânsia agora é que os outros constatem o que já sei faz tempo
Morri um pouco a cada dia no labirinto da vida
Ser fantasma cansa.Principalmente que a parte divertida de atravessar paredes não posso ainda.Só restou o que é chato.
Peço perdão a Deus se falar sobre isso de alguma forma não for bom mais é o que sinto.
A vida já se foi á morte esta atrasada.
 
 
 
 

Neblina
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