Na infância eu amava a vida
Temia a escuridão
Queria ser Margarida
No castelo-alçapão.
Não queria temer a vida
Bem menos temer a morte,
Queria muita alegria
No entanto não tive sorte.
Amei tudo e de repente
Achei que a vida era gente,
Depois, que a morte era paz,
O mundo, uma alegoria;
Sem sonhos, sem poesia,
Vi que a vida se desfaz...
Nair Damasceno
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