Sou filha das dunas
Das matas, montanhas,
Das águas dos rios,
Do vento, do mar,
Sou filha de Ossanha,
Sou filha de Oxum,
Sou filha de Iansã
E de Iemanjá.
Sou filha do barro,
Sou filha da lama,
Sou filha do ferro,
Eu sou de Ogum.
Nanã me protege,
Arco-íris me chama
Alem da maré,
Sou de Oxumaré.
Sou filha do raio,
Da estrela a brilhar,
Não fujo da luta
Sou filha de Obá,
Salve meu pai Oxalá!
Essa poesia encontra-se na primeira página do meu livro Poetando cantos e desencantos. São minhas raízes que foram mascaradas pela aculturação.
Namastê.
Nair Damasceno
© Todos os direitos reservados
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