Isso de voto, votadinho...

 Isso de voto, votadinho...
 
Separa-te de mim
Um voto votadinho
De nunca mais Corpo de Pão
Nunca mais Sangue de Vinho!
Sei que a vida te foi amarga como fel,
Mas senhora; Um jardim sem flores?
Passei o dia esquecendo minhas dores
E sendo Pingo de mel que suavizasse
As feridas com que a vida te marcou.
Mas nunca mais Corpo de pão
E nunca mais Sangue de vinho...
Isso, senhora, é negar ser mulher
É como colher um malmequer
Sem o dito desfolhar.
É morrer de corpo e alma e  esquecer
Que a vida é para viver.
É agarrar uma cor do arco íris
E deixá-la escondida
Num canto de sótão esquecida!
Acorda mulher a vida não acabou!
E isso de prometer a Prometeu
Aquilo que ele nunca te deu
Brada aos céus e brada a Deus!
Nunca te esqueças de que o amor
É a única coisa que vale a pena viver,
É a única dor que vale  pena sofrer!
Conheço o filme, sofro do mesmo mal
Que será tão eterno
Como o inferno
Em que não acreditas!

Ezequiel Francisco
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