Parasita da alma... Síntese da angústia e danação.
Crava-se em meu ser como se fosse agulhas em meu coração
E libera tudo o de pior em mim, corrompe até as lembranças
Deixando um rastro de sombras em cada migalha das esperanças...
Da luz da aurora que vivi, nada! Apenas a densa e pegajosa escuridão.
Olho por olho, dente por dente, constante inquietação...
Bufando em cólera contra mim mesmo, em caóticas danças,
O ódio é o campeão em meu espírito, detentor das mudanças...
Fui enganado, humilhado e, por conseguinte, deixei de ser nobre.
Resta em mim a miséria e a espalho sem piedade, nada a cobre,
Nem o manto do perdido amor, que se apodreceu neste episódio...
Amei tanto e foi em vão...! Culpo a mim mesmo e direciono o ódio!
É tudo o que me resta depois das mentiras que vivi, meu tesouro...!
Vou me amargurando, consumindo, indo ao abate como um touro...
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