Rogai por nós
,mortais,
filhos órfãos do paraíso de tragédias anunciadas
e vítimas desabrigadas da
honra prometida e não cumprida.
Esta permissão assinada, mas forjada,
refém da falsidade que
saliva na boca patronal
É a foto da ganância,
negativo da alma decaída,
que se viu chegar a casa no dia da partida,
última partida de quem prometeu voltar,
de quem amou no derradeiro olhar da cria
e com imensa alegria
até brincou no amanhã
que nunca mais viria.
Rogai por nós,
Verdadeiros reféns da agonia,
que se transmite numa epidemia
e que se vende na lágrima forjada da "chefia"
Marcus Rabelo
© Todos os direitos reservados
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