Quando a fumaça sobe
e o brilho dos olhos
se intensifica,
o olhar sublime ganha cor e luz,
o coração aquece.
E as coisas inanimadas ganham vida.
 
Sobre rodas, a brisa bate no rosto
lavando a alma
para nos lembrar
que vivemos.
 
O vento assopra, balançando os cabelos.
As árvores dançam.
O chacoalhar da grama
uni-se ao das nuvens
e compõem uma sinfonia natural,
pura e espontânea.
 
O amarelo gelado
refresca o interior
e convida a máquina sistemática
a bailar.
 
A festa se instala!
 
Ar condicionado, ventilador,
sol, nuvens, grama,
árvores, vento e rodas
fazem música.
Uní-se às vozes os carros
e nada mais funciona
fora dessa organica
selva de pedra.
mesmo cinza, 
ela brilha e pulsa,
fazendo cada movimento sincronizado
comungar com a vida.
 
Viver, viver e viver.
Viver é lindo,
e nada mais!
 

Débora Garrido Lima
© Todos os direitos reservados