A HORA DE DESPERTAR

 

É fria a noite, este abismo das horas!

É sombria no despontar a lua!

Minh`alma se desperta à imagem tua...

tu, que minha sina hostil tanto adoras!

 

Qual um olhar, a noite se dilata

cheia de planos no augusto porvir,

quer ver de perto o astro reluzir

e o céu rasgar-se num cordão de prata!

 

Novamente eu sou poeta! Meu peito

uma nota plangente logo ensaia,

enquanto a solidão dorme em meu leito!

 

A quem me vê da esplêndida atalaia,

suplico com pavor onde me deito,

que um dia eu possa estar na infinda praia!

 

POEMA ESCRITO EM 20/06/2005

 

Alexandre Campanhola
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