Junho

 

Junho

O silencio dos pássaros

a quietude das árvores

o murmúrio dos rios

d’alma

 

 

Junho

os horizontes infinitos

as vastas brancuras

 

Junho

das chuvas incessantes

em que os miseráveis

rangem os dentes

ou apenas gengivas

toldos não bastam

marquises em vão

 

novos dias,

velhos algozes

 

Junho

folhas úmidas na invernada

suplicam dóceis lareiras

 

Junho

não terá meu coração

o agasalho das tuas mãos tépidas

não usufruirá minh’alma

a luz que aquece

dos teus lindos olhos fagueiros

 

mais um junho

sem você


 

saudade


 

 


Sejam muito bem vindos em :)

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Davi Cartes Alves
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