Quem é esse solitário passageiro
Que apesar de tanto medo
Não desiste de seguir?
Tem que mentir
Até mesmo pra si mesmo,
Para se manter em segredo
E jamais se descobrir.
Quem é que anda por aí
À toa, a esmo
E não tem zelo
Com o que possa advir?
Tenta sorrir,
Sem saber se é por desprezo
Ou se é desejo
De reconhecer a si.
João Felinto Neto
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