No inicio dos tempos, e para se mais exato, na pré-história, quando os homens não eram civilizados, mas sim, trogloditas. Nesta época que começa esta historia de amor...
Era outono, os trogloditas caçavam, pescavam, bebiam e dançavam. Pouco sabiam da vida, como por exemplo, a queda das folhas no outono. Era um grande mistério para eles, e era um grande estorvo, pois as folhas caiam sobre ele, quando dormiam sob as arvores, quase os sufocando.
Eles observavam os animais e viram que eles não tinham esse tipo de problema, pois eles viviam em buracos e tocas e nas aberturas dos rochedos. Dessa observação que então passaram a viver nas cavernas.
Continuou a cair as folhas, e com elas também o outono, dando a vez ao inverno, e com o inverno o frio. O troglodita não estava preparado para isso. Muitos morriam de frio nas geladas cavernas. Mais uma vez foi observando os animais, e viu que ele tinha uma pele diferente que a sua, e muito mais bonita. Caçou o urso, comeu de sua carne, mas aproveitou a sua pele, e com ela se cobriu, pois alem de bonita era também muito quente. A vaidade do homem, felo descobrir isso, e a partir deste acontecimento passou a vestir com peles.
A primavera desabrochou e com ela, lindas flores. O troglodita já morava em cavernas, já não sentia frio, pois se vestia com as peles dos animais. Observava as mudanças da natureza, e também observava a mudança de comportamento dos animais. Observou que havia uma espécie de ritual, que era realizado sempre em duplas. Ele chamou a troglodita e também fez o ritual. Ele gostou!...
Brilhou o verão, e logo as chuvas de verão encobriram o céu, e os raios eram um terror! Eles se escondiam nas cavernas e sob suas peles, esperavam a chuva passar! Certa ocasião, depois da chuva, havia fogo em uma arvore atingida por um raio. O troglodita viu pela primeira vez o fogo, e naquele momento se apaixonou. Tinha visto a mais bela flor do mundo!
Na primavera ele tinha visto a rosa, quis colhê-la e se espetou. Não gostou da rosa.
-Agora sim, pensou. Tenho a flor mais linda! Tocou o fogo e se queimou! Isto não havia acontecido com nenhum troglodita. Ele hurrou de dor!
Não conformado, e pela beleza desta flor, tentou passar a flor da arvore para um graveto e do graveto para um pedaço de pau. A partir daí ele passou a controlar o fogo. Ele compreendeu que aquela flor, que por ela se apaixonara podia se controlada. Ele dominou o fogo, mas nunca pode tocá-lo.
Até hoje, o Homem pode dominar o fogo, mas nuca toca-lo!
Assim é, também, com um amor impossível!
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